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Lifestyle

A impossibilidade de descansar de si mesmo

Fernando BragaBy Fernando Braga20 de October de 2025No Comments3 Mins Read
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Na era do desempenho e do autocontrole, especialista alerta sobre um novo tipo de cansaço: de ser quem se é  o tempo todo.

Vivemos numa época em que até o descanso se tornou um dever. Trabalhar já não é suficiente – é preciso performar; meramente existir é insuficiente – é preciso funcionar.

Numa sociedade que transformou o bem-estar num objetivo e a produção numa identidade, o corpo pede uma pausa – mas a mente já não sabe como parar.

“O sujeito contemporâneo é patrão de si mesmo — se cobra, se vigia e se exaure”, diz Camaratta. “É como se a liberdade tivesse se tornado sinônimo de disponibilidade. Ser livre, hoje, é não poder parar.”

Os números confirmam o desconforto coletivo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o país mais ansioso do planeta, com 9,3% da população já diagnosticada com algum transtorno de ansiedade – quase o dobro da média mundial. De acordo com uma pesquisa da ISMA-BR Associação Internacional de Gestão do Estresse, 37% dos profissionais brasileiros apresentam sintomas de burnout, uma das taxas mais altas do planeta.

Por trás das estatísticas, um modelo de estilo de vida há um modelo de vida que confunde potência com desempenho. “A cultura do desempenho transformou o velho ‘conhece-te a ti mesmo’ em ‘melhora-te a ti mesmo’”, diz Camila. “O autoconhecimento, antes um convite à autorreflexão, tornou-se uma obrigação de eficiência emocional. É necessário estar bem, produtivo e funcional – mesmo que não se esteja tanto assim.”

Quando o autocuidado se torna um dever.

Desde aplicativos que contam horas de sono até alimentos que garantem energia, tudo parece levar ao mesmo ideal: o corpo – controlado, disponível e perfeito.

“O autocuidado transformou-se em uma exigência camuflada em cuidado. E precisa de método. O descanso precisa ser produtivo. Até a pausa para se estar em silêncio precisa ser programada”, observa Camaratta.

Segundo o DataReportal 2025, os brasileiros passam em média 9h42 por dia conectados à internet, dedicando 3h15 às redes sociais. A vida mediada por telas e comparações constantes cria uma pressão invisível para estar sempre bem — ou parecer estar.

⁠“O corpo perfeito virou meta. O humor, indicador de desempenho. E o desejo, tarefa”, afirma Camila. “Mas essa busca por equilíbrio e controle é justamente o que adoece. Porque viver também é poder se desorganizar um pouco.”

Quando o sintoma fala:

Quando o sujeito já não consegue dizer o que o oprime, o inconsciente encontra outras linguagens — o sintoma, na psicanálise, é uma delas. Hoje, mostra-se no cansaço crônico, na ansiedade, na insônia, na impotência que não é física, mas simbólica.

“Vivemos cercados de discursos que prometem foco, produtividade e sucesso, mas o que se perde é o espaço do desejo”, explica Camaratta.

“E o desejo não se fabrica — se reconhece.”

O valor da pausa:

Em um momento em que tudo exige eficiência, a psicanálise levanta a necessidade da pausa. “Na análise, é possível não corresponder, não render, não querer.

É o lugar onde se pode simplesmente existir — sem metas, sem métricas, sem pressa — onde não descansamos dos nós, mas descansamos em nós”, diz Camila.

⁠“Descansar, hoje, não é somente parar e desconectar — é poder se escutar.

E, quem sabe, se reencontrar um pouco com o que ainda resta de si.”

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