A transformação digital acelerada trouxe um dilema para empresas em crescimento: como escalar sistemas de TI de forma segura e eficiente diante de ambientes cada vez mais distribuídos? Duas práticas têm ganhado protagonismo nesse cenário, observabilidade e infraestrutura como código (IaC).
Segundo levantamento da HashiCorp de 2024, 94% das empresas globais já adotam alguma forma de IaC em suas operações, enquanto o Gartner projeta que até 2026 mais de 70% das organizações implementarão soluções de observabilidade avançada para monitorar aplicações em tempo real.
“Escalar sistemas sem observar métricas em tempo real é como pilotar um avião sem instrumentos”, compara Lucas Barioni Toma, engenheiro de software com experiência em projetos internacionais. “Da mesma forma, sem infraestrutura como código, a empresa perde consistência e aumenta o risco de falhas manuais que podem gerar prejuízos enormes.”
Nos Estados Unidos, empresas como Amazon e Netflix utilizam IaC para padronizar ambientes complexos e reduzir custos de manutenção, enquanto investem pesado em observabilidade para detectar gargalos antes que virem crises. O modelo garante agilidade para implantar novos serviços sem abrir mão da segurança operacional.
Lucas reforça que o ponto central não está apenas na tecnologia, mas na disciplina do processo. “O valor da observabilidade e do IaC está em transformar boas práticas em cultura. Não é só sobre automatizar, mas sobre garantir previsibilidade, segurança e escalabilidade no longo prazo”, aponta.
Com ambientes de nuvem cada vez mais complexos e interdependentes, a combinação entre observabilidade e IaC deve se consolidar como diferencial competitivo para empresas que desejam crescer sem perder controle sobre riscos técnicos e financeiros.
