Lateral-direito mineiro, com passagens pelo futebol europeu e destaque no Campeonato Amazonense, constrói trajetória marcada por superações, títulos e compromisso social
Aos 26 anos, o lateral-direito Caio Callyman Muniz de Sousa Canedo — conhecido no futebol profissional apenas como Callyman — vive um momento de maturidade na carreira. Natural de Coronel Fabriciano (MG) e criado em Goiânia (GO), ele reúne no currículo títulos nacionais, experiência internacional, reconhecimento regional e uma atuação cada vez mais engajada dentro e fora de campo.
Atualmente, seu foco é claro: consolidar-se no futebol brasileiro e alcançar a elite da Série A, com um objetivo sentimental declarado — voltar ao Goiás Esporte Clube, onde iniciou sua formação ainda menino.
Formação, títulos e o gol que virou símbolo
Católico, solteiro e com 1,75m de altura e 70kg, Callyman começou no futebol aos 14 anos nas categorias de base do Goiânia Esporte Clube. Ainda jovem, destacou-se também no Corinthians Sub-20, uma das principais vitrines de revelações do país.
Foi no São João de Ver, em Portugal, que viveu um de seus momentos mais marcantes: conquistou o campeonato da divisão de acesso e marcou um gol olímpico decisivo, feito raro entre laterais e que consolidou sua fama de jogador técnico e de visão de jogo apurada.
De São Paulo ao Amazonas: protagonismo em campo
De volta ao Brasil, atuou no Votuporanguense (SP), onde foi campeão da Série A3 do Campeonato Paulista e vice-campeão da Copa Paulista. No Norte do país, brilhou com ainda mais intensidade: no Amazonas, foi campeão do segundo turno, vice-campeão geral e eleito melhor lateral-direito do estadual. Em três rodadas consecutivas foi eleito o melhor da partida e, na grande final, recebeu o prêmio de melhor jogador em campo.
Durante sua passagem por Portugal, enfrentou um dos principais desafios da carreira: uma lesão no quadril que o afastou por três jogos. “Foi difícil. Mas me fortaleceu por dentro. Hoje sou mais maduro, mais preparado”, afirma.
Fé, ação social e liderança espiritual
Cristão comprometido, Callyman é líder de célula da Igreja Videira e leva a fé para além dos campos. Onde quer que esteja jogando, ele faz questão de manter viva sua missão espiritual — inclusive dentro dos alojamentos dos clubes em que atua, onde organiza reuniões semanais com colegas de time, compartilhando mensagens bíblicas, orações e reflexões.
Sua ligação com a comunidade também se expressa através de ações sociais: participa de projetos que doam fraldas e alimentos a asilos e apoia comunidades carentes com visitas e auxílio direto. “Futebol é mais do que resultado. É impacto. É influência. É uma forma de levar esperança”, diz.
Sem rituais antes dos jogos, sua preparação é centrada em treinos intensos, disciplina fora de campo e foco no espiritual. “Eu busco estar bem por dentro pra render por fora.”
O sonho de voltar ao Goiás
Com visibilidade crescente e convites de clubes de diferentes regiões, Callyman mantém o coração em Goiás. “Voltar ao Goiás Esporte Clube seria fechar um ciclo com gratidão. Foi ali que tudo começou. Tenho vontade de fazer história aqui, com a camisa que me formou”, revela.
No horizonte, já vislumbra também a transição para a vida pós-gramados: “Quero tirar a licença de treinador e continuar no futebol. Quero ajudar a formar atletas. O futebol me deu muito, e eu quero devolver.”
