Com a presença da co-autora Nana Queiroz, a discussão do livro ” Eu, Travesti” aconteceu ao vivo pelo canal oficial do clube do livro Fatal Model no YoutubeA literatura é uma ferramenta crucial para contornar tabus e promover discussões sobre o cotidiano social. Reconhecendo essa importância, as escritoras Monique Prada e Amara Moira criaram seu próprio Clube do Livro, patrocinado pela plataforma de anúncios de acompanhantes Fatal Model.Em celebração ao Dia Nacional do Livro, que ocorreu, 29 de outubro, o projeto discutiu a obra “Eu, Travesti”, co-escrita por Luisa Marilac e Nana Queiroz, com o objetivo de desmistificar preconceitos.Lançado em 2019, o livro remete à juventude de Luísa, muito antes de viralizar com o bordão: “E disseram que eu estava na pior”. Oriunda de uma família conservadora e de classe baixa, a ativista mineira se assumiu travesti aos 17 anos. Posteriormente, foi vítima de tráfico sexual na Europa e, depois disso, iniciou uma carreira na prostituição. Ela é uma daquelas pessoas que transformam a dor em energia. A causa pela qual luta está vinculada aos direitos da comunidade LGBTQIAPN+.”Contar minha história na biografia ‘Eu, Travesti’ foi uma forma de deixar uma mensagem para o mundo, para que olhem para pessoas como eu de uma forma diferente. É uma oportunidade de abrir os horizontes e dar voz a um grupo marginalizado, combatendo a transfobia que ainda permeia nossa sociedade. Precisamos mostrar que travestis são muito mais do que os estigmas impostos. Ao longo do tempo, percebi que minha visibilidade pode ajudar a mudar essa narrativa”, afirma Luisa Marilac.Além de proporcionar um espaço para a desconstrução de estigmas, o Clube do Livro Fatal Model é uma oportunidade de ampliar o público leitor no país. A pesquisa Panorama do Consumo de Livros, feita pela Nielsen BookData, revelou que 84% da população brasileira acima de 18 anos não comprou nenhum livro em 2023. Os principais fatores citados são preço, ausência de loja e falta de tempo.Tal desinteresse apresenta uma influência direta na crise literária nacional. Um levantamento realizado pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) mostra que, em 2014, existiam 3.095 livrarias no Brasil; em 2021, o número caiu para 2.200.Iniciativas como o Clube do Livro Fatal Model, criado em julho deste ano, demonstram a importância de construir ambientes acessíveis para a leitura. Ademais, gerar uma comunidade acolhedora é fundamental para que mais pessoas se sintam encorajadas a adquirir o hábito.”Nós acreditamos que o Clube do Livro da Fatal Model é uma iniciativa fundamental para construir ambientes acessíveis e acolhedores para a leitura. Criar uma comunidade onde todos se sintam bem-vindos é essencial para encorajar mais pessoas a adotarem o hábito da leitura. Através dos livros, ampliamos nossos horizontes, conhecemos novas realidades e desmistificamos preconceitos, tornando o ato de ler uma ferramenta poderosa de transformação social”, pontua Nina Sag, diretora de comunicação da Fatal.Com cerca de 150 participantes, as obras selecionadas para o projeto retratam as lutas e experiências de trabalhadoras sexuais do mundo todo, sejam cis, sejam trans. O gênero desafia estereótipos e permite que leitores tenham novas perspectivas relacionadas ao tema, com diálogos respeitosos e fundamentais.O evento contou com a presença de Nana Queiroz e aconteceu, às 20h, ao vivo, no canal oficial do clube do livro da Fatal Model no Youtube. Para acessar a live clique aqui.
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